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A abertura coronária minimamente invasiva pode causar desvio apical?



As cavidades endodônticas reduzidas (CECs) se desenvolveram a partir do conceito de odontologia minimamente invasiva e fornecem uma alternativa às cavidades endodônticas tradicionais (TECs). Eles foram projetados em um esforço para preservar a estabilidade mecânica dos dentes. O design da cavidade contratada preserva mais a dentina, mas pode influenciar os parâmetros geométricos da modelagem. Neste estudo tomográfico micro-computado foi avaliar a influência das cavidades endodônticas contraídas na preservação da anatomia original do canal radicular após modelagem com instrumentos rotativos de níquel-titânio.

Mas afinal o que seria uma cavidade endodôntica reduzida? Nada mais é uma abertura coronária com pouco desgaste de dentina, que segundo os defensores desta filosofia, daria mais resistência e estabilidade a elemento dental. Nas figuras abaixo são uma comparação de uma abertura tradicional comparada a uma reduzida.



Para o estudo trinta molares inferiores humanos extraídos com ápices totalmente formados e canais mesiais independentes foram divididos aleatoriamente no grupo 1 (TEC) e no grupo 2 (CEC). Cada grupo foi modelado usando ProGlider (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça) e WaveOne Gold (Dentsply Maillefer). A irrigação foi realizada com EDTA à 10% e hipoclorito de sódio a 5%. As amostras foram escaneadas antes e depois da modelagem do canal para corresponder aos volumes do canal (SkyScan; Bruker microCT, Kontich, Bélgica [100 kV, 100 μA e 15 μm de resolução]) e as imagens foram analisadas para avaliar o volume do canal, as áreas de superfície e o centróide mudar nas seções transversais a -1 mm e -3 mm do ápice. Como resultado os TECs mostraram uma maior preservação da anatomia original do canal radicular com menos transporte apical do que os CECs, possivelmente devido à ausência de interferências coronais e, portanto, menos movimentos de avanço e recuo foram necessários para concluir a instrumentação. Isto se deve a não remoção das zonas de interferências que foram descritas por vários autores nas décadas de 70 a 90 do século XX, no qual realçavam a importância na remoção destas áreas para reduzir a possibilidade de desvios apicais, como demonstra a figura abaixo.


Dentro das limitações deste estudo, os TECs podem levar a uma melhor preservação da anatomia original do canal durante a modelagem em comparação com os CECs, particularmente no nível apical.

Como foi observados nos post anteriores neste blog, estamos observando que as cavidades minimamente invasiva tem demostrando que não há, por enquanto, ganho na qualidade de desinfecção ou na resistência da estrutura dental mas ao contrário as aberturas coronárias minimamente invasivas tem comprometido a desinfecção, limpeza, podendo provocar escurecimento dental e podem provocar pequenos desvios apical mesmo com instrumentos flexíveis comprometendo o sucesso no tratamento endodôntico. Por enquanto as aberturas coronárias minimamente invasivas é mais uma questão de "vaidade" técnica do que um real ganho significativo para o elemento dental e finalizando grande parte dos tratamentos endodônticos se devem a dentes com restaurações extensas ou com processo de destruição por uma cárie extensa.

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