Nos últimos anos houve uma corrida para minimizar os impactos do tratamento endodôntico na sobrevida do elemento dental, pois se o paciente perde o dente pelo fraturas coronárias, radiculares e outros motivos que são diretamente inter-relacionados com a endodontia, podemos afirmar que a endodontia fracassou.
Então pensando por essa ótica, iniciou alguns anos a corrida pela endodontia minimamente invasiva. Mas até que ponto elevar esse critério deve ser considerado, quais são os limites ? Quais são ou serão as consequências ?
A partir desta semana, vamos apresentar artigos que poderão orientar os profissionais e entender corretamente o que seria uma endodontia minimamente invasiva e quais são os limites, vantagens e desvantagens em relação a um tratamento endodôntico que para fins didáticos o chamaremos de tratamento endodôntico tradicional.
Iremos iniciar pela abertura coronária, o artigo publicado em maio pela revista Journal Of Endodontics intitulado "Impact of Contracted Endodontic Cavities on Root Canal Disinfection and Shaping” compara se a abertura coronária minimamente invasiva com a abertura coronária tradicional se há um comprometimento no processo de desinfecção do canal radicular.
Foram usados, incisivos inferiores com canais ovais e foram distribuídos em 2 grupos. As aberturas coronárias foram feitos no modo tradicional e pelo método minimamente invasivo e preparadas e contaminados com uma cultura pura de Enterococcus faecalis por 30 dias. A preparação do canal radicular nos dois grupos foi realizada com o instrumento XP-endo Shaper e irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5%. Amostras bacteriológicas intracanal foram colhidas antes e após a instrumentação e as micro-tomografias realizadas antes e após a instrumentação foram usadas para avaliar a modelagem do canal radicular e prc para avaliar a contaminação.
Os resultados mostraram que, embora a modelagem usando um instrumento ajustável, no caso a XP endo Shaper, fosse semelhante entre os grupos, a desinfecção foi significativamente comprometida após a instrumentação do canal radicular de dentes com aberturas coronárias minimamente invasiva.
Neste primeiro artigo, vimos que a abertura coronária minimamente invasiva comprometeu a desinfecção do canal radicular, mesmo com o uso do microscópio operatório.
Na próxima semana vamos continuar a estudar sobre a endodontia minimamente invasiva, suas vantagens e desvantagens.
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