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Abcesso apical como é importante a ação local e sistêmica.

Avaliação dos níveis séricos de citocinas no abscesso apical agudo: um estudo observacional longitudinal.


Titulo do artigo abcesso apical

Introdução:


A etiopatogenia dos abscessos apicais agudos (AAA) está intimamente ligada aos níveis de citocinas, embora os perfis específicos dessas moléculas em casos de AAA ainda não tenham sido completamente elucidados. Este estudo teve como objetivo investigar as modificações nos níveis sistêmicos de citocinas em pacientes com AAA, particularmente aqueles com trismo, submetidos a tratamento pós-antibiótico e desinfecção do canal radicular.


 

Métodos:


Foram incluídos no estudo 46 pacientes com AAA que apresentavam trismo, bem como 32 indivíduos saudáveis como grupo controle. Os pacientes com AAA receberam antibioticoterapia por sete dias, seguida de desinfecção do canal radicular. Foram coletadas amostras de sangue para a avaliação dos níveis séricos de citocinas nos momentos basal, sete e 14 dias após o tratamento endodôntico. A quantificação das citocinas relacionadas aos perfis de células T auxiliares (Th) 1, Th2, Th17 e T reguladoras foi realizada utilizando o sistema BioPlex MagPix, e os dados obtidos foram analisados com o software estatístico SPSS (P <0,05).


 

Resultados:


Os pacientes com AAA apresentaram níveis mais elevados de fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina (IL) -6 e IL-10 em comparação com os indivíduos do grupo controle na medição basal (P <0,05). Não houve diferenças significativas nos níveis de interferon gama, IL-1β, IL-4 e IL-17 entre os grupos (P > 0,05). Os níveis de IL-6 e IL-10 diminuíram após o tratamento com antibióticos (P < 0,05), o que também se correlacionou com a melhora clínica dos pacientes com AAA e trismo. Houve uma correlação positiva entre os níveis séricos mais elevados de IL-6 e IL-10 nos pacientes com AAA. Além disso, os níveis de TNF-α diminuíram somente após o tratamento antibiótico e endodôntico.


 

Conclusões:


Em resumo, os pacientes com Abcesso apical exibiram níveis sistêmicos elevados de TNF-α, IL-6 e IL-10. Além disso, os níveis aumentados de IL-6 e IL-10 estiveram associados aos sintomas inflamatórios agudos. No entanto, os níveis de IL-6 e IL-10 diminuíram após o tratamento com antibióticos, enquanto os níveis de TNF-α diminuíram após o tratamento com antibióticos e endodôntico. Esses achados fornecem informações valiosas sobre a resposta inflamatória em casos de AAA e podem auxiliar na otimização do tratamento dessas condições.


 

Opinião Endotoday.


Este estudo oferece insights substanciais sobre as implicações sistêmicas do abscesso apical, além de sua manifestação local como inflamação, infecção e dor. É evidente que a prescrição isolada de antibióticos não é suficiente para normalizar os níveis de citocinas, especialmente o fator de necrose tumoral. Portanto, é imperativo considerar uma intervenção endodôntica concomitante, ou seja, o tratamento endodôntico. Essa abordagem é crucial para restaurar os níveis de interleucinas ao seu estado normal. Em resumo, o estudo ressalta a necessidade de uma estratégia terapêutica abrangente que aborde tanto os aspectos sistêmicos quanto locais do abscesso apical, a fim de proporcionar uma recuperação completa ao paciente.



 

Plano de Tratamento Endodôntico e Sistêmico para Pacientes com Abscesso Apical Agudo (AAA) :


Objetivo Geral do Tratamento:

Aliviar a inflamação aguda, controlar a infecção e promover a recuperação clínica do paciente com AAA


1. Diagnóstico e Avaliação Inicial:

a. Anamnese detalhada, histórico médico e odontológico.

b. Exame clínico e radiográfico para confirmar o diagnóstico de AAA.


2. Controle da Dor e Infecção Inicial:

a. Prescrição de analgésicos para alívio da dor.

b. Prescrição de antibióticos de amplo espectro para o controle da infecção.

c. Instruções ao paciente sobre autocuidado e higiene oral.


3. Tratamento Endodôntico:

b. Remoção completa do tecido necrótico e debris.

c. Preparo biomecânico adequado do canal com por exemplo TruNatomy.

d. Preenchimento tridimensional do canal com curativo.

e. Depois de 15 a 21 dias obturação do canal com cimento biológico como por exemplo o Sealapex.


4. Documentação e Comunicação:

a. Manter registros detalhados de todo o tratamento e das avaliações sistêmicas.

b. Comunicar-se com o paciente de maneira clara e transparente, fornecendo atualizações regulares sobre seu progresso.


Este plano de tratamento visa abordar de maneira abrangente o AAA, tanto no aspecto endodôntico quanto sistêmico, garantindo a melhora clínica do paciente e a modulação da resposta inflamatória. A abordagem multidisciplinar, com ênfase na análise dos níveis de citocinas, é fundamental para um tratamento eficaz e personalizado.


 

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