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Caso clínico com a Race Evo seqüência da Endotoday

1. Introdução ao Caso Clínico:

O paciente apresentou na clínica da AORP para avaliação do dente 25 que apresentava as seguintes características.


Caso clínico Feito pelo nosso aluno Matheus Bronetti

2. Avaliação Inicial e Diagnóstico:


- Exame Clínico:

Teste de sensibilidade: Negativo

Teste de percussão horizontal: Dor leve

Teste de percussão vertical: Baixa

Ampla Extensão de cárie.


- Exame Radiográfico:

Radiograficamente, o dente exibia uma lesão de cárie evidente, acompanhada de uma radiolucência apical claramente delimitada. Além disso, observou-se uma curvatura acentuada no canal radicular. Esta curvatura foi classificada como extrema, caracterizada por um raio de curvatura bastante reduzido e um ângulo de aproximadamente 90 graus.



Radiografia Inicial
Radiografia Inicial


Diagnóstico foi de periodontite apical assintomática.


3. Planejamento do Tratamento:


Devido à curvatura pronunciada do canal radicular e à necessidade de ampliá-lo até o tamanho de uma lima 35/04, era essencial escolher uma lima que combinasse alta flexibilidade com resistência robusta à fadiga cíclica. Além disso, o design da lima deveria ser tal que facilitasse a instrumentação eficaz do canal. Por estas razões, optou-se pela utilização da série Race EVO, seguindo uma sequência específica que nós preconizamos. Esta escolha visava minimizar os riscos de complicações operatórias, como fraturas de instrumentos ou desvios de canal, durante o procedimento.

4. Procedimento Endodôntico com as Limas Race Evo:


- Acesso e Localização dos Canais:

O acesso ao canal radicular foi inicialmente realizado utilizando uma broca de alta-rotação, especificamente a fresa esférica 1014. Posteriormente, esse acesso foi ampliado com o uso da broca Endo-Z. A localização do canal único foi realizada de forma tranquila e eficiente.


- Preparo do Canal com Lima Apical Inicial Nº 15:

Iniciou-se a exploração do canal utilizando uma lima tipo K número 10, empregando uma técnica de irrigação segmentada por terços do canal. No terço cervical e médio, utilizou-se hipoclorito de sódio a 5,25% com agulhas Endo-eze irrigator. Já no terço apical, empregou-se hipoclorito de sódio a 2,5% com agulhas Navetips. Este processo foi realizado até alcançar o comprimento de trabalho provisório, que havia sido determinado antes da abertura coronária. Para mais informações, [clique aqui]. Com o auxílio do localizador eletrônico foraminal, realizou-se a odontometria utilizando inicialmente a lima tipo K número 10. Posteriormente, a lima tipo K número 15 alcançou o comprimento de trabalho referência (CRT) facilmente, o que não ocorreu com a lima número 20.


- Utilização das Limas Race EVO:

Após estabelecer a lima apical inicial, iniciou-se a instrumentação do canal. O primeiro instrumento utilizado foi a lima R-pilot, específica para GlidePath, aplicando um movimento de vai e vem até alcançar o Comprimento de Trabalho Referência (CRT). Em seguida, começou-se a utilização sequencial das limas Race EVO nos tamanhos 20/04, 25/06 e 35/04. Cada lima foi avançada progressivamente pelos terços do canal, que estava constantemente inundado com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. A instrumentação foi realizada milímetro a milímetro, com movimentos de pincelamento contra as paredes do canal. Este procedimento visa aumentar a conicidade do preparo: a lima 20/04 amplia todos os terços do canal, a 25/06 atua principalmente nos terços médio e cervical, e a 35/04 foca na região apical, melhorando a desinfecção nessa área.


Card do Sistema
Card do Sistema


- Irrigação e Medicação Intracanal:

Utilizou-se solução de hipoclorito de sódio a 5,25% para a irrigação dos terços cervical e médio, proporcionando uma ação mais rápida, e hipoclorito de sódio a 2,5% no terço apical, por ser uma opção mais segura. Foi aplicado EDTA para a remoção da Smear Layer. Como medicação intracanal, optou-se por um curativo de demora com hidróxido de cálcio e PMCC, mantido por 30 dias.


5. Obturação do Canal Radicular:


- Técnica de Obturação:

A técnica de obturação escolhida foi a do cone único. Neste método, inicialmente, aplica-se o cimento endodôntico dentro do canal radicular. Para isso, utiliza-se um cone de guta-percha secundário, que ajuda a distribuir o cimento uniformemente ao longo do canal. Em seguida, introduz-se o cone principal de guta-percha, já calibrado e envolto em cimento endodôntico, até alcançar o Comprimento de Trabalho Referência (CRT). Este processo assegura que o material obturador preencha adequadamente o espaço do canal, desde a região apical até a entrada do canal, promovendo uma vedação eficaz e prevenindo a infiltração de bactérias.


- Avaliação Radiográfica Pós-Obturação:

Radiografia Final
Radiografia Final

A radiografia realizada após a conclusão da obturação oferece uma visão detalhada do resultado final. Nesta imagem, é possível verificar que os objetivos do tratamento foram alcançados com sucesso. A obturação apresenta-se homogênea e bem adaptada às paredes do canal, sem sinais de espaços vazios ou sobreobturação. A extensão da guta-percha até o CRT indica que a obturação atingiu a profundidade ideal, contribuindo para um prognóstico favorável do tratamento. A análise radiográfica detalhada é fundamental para confirmar a qualidade da obturação e para documentar o sucesso do procedimento endodôntico.


6. Considerações Finais e Prognóstico:


- Prognóstico do Tratamento:

O prognóstico para este dente é favorável, indicando uma alta probabilidade de sucesso a longo prazo. Contudo, é crucial realizar a restauração do dente de maneira rápida e eficiente após o tratamento endodôntico. A restauração adequada é essencial para proteger o dente de futuras infecções e para restaurar sua função mastigatória. Além disso, recomenda-se um acompanhamento rigoroso do caso por um período de dois anos. Durante este tempo, avaliações periódicas devem ser realizadas para monitorar a saúde do dente e a integridade da restauração, garantindo assim a manutenção do sucesso do tratamento.


7. Conclusão:

A seleção apropriada do sistema de instrumentação, levando em consideração a anatomia específica do dente e a capacidade de ampliação do canal, é fundamental para realizar um tratamento endodôntico de alta qualidade e eficiência. A habilidade em adaptar as técnicas e instrumentos às necessidades individuais de cada caso permite alcançar resultados ótimos, garantindo a saúde e a funcionalidade do dente tratado. Este caso clínico demonstra como a escolha criteriosa dos métodos e materiais, aliada a uma execução técnica precisa, contribui significativamente para o sucesso da endodontia.



 


 

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