O caso clínico de hoje, vamos apresentar um novo conceito de tratamento endodôntico que o LEAP (Laser Endodontic Advanced Procedure), conceito desenvolvido pelo Prof. Dr. Renato Leonardo e a sua equipe, que consiste em três fases diferentes o tratamento endodôntico.
Primeiro pelo uso de um sistema de instrumentação endodôntica através do uso de instrumentos em Níquel - Titânio.
Segundo pelo emprego do ultrassom para a limpeza altamente eficiente do canal radicular.
Terceiro pela ablação do conduto radicular pelo emprego de um laser juntamente com a solução especialmente desenvolvida para a endodontia com baixa tensão superficial que é a Indocianina Verde.
NITI
A instrumentação endodôntica tem como objetivos principais a remoção de toda zona critica de contaminação que geralmente varia de 0,12mm envolta do canal no terço apical e de 0,40mm nos terços cervicais e médios. Está área deverá ser removida durante a instrumentação pois nela se encontra de 70 a 80% da infecção bacteriana do canal radicular. Por isso é importante determinar a Lima Apical Inicial.
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Ultrassom
A irrigação ultrassônica permite ampliar o poder de limpeza dos sistemas de canais radiculares principalmente pelos efeitos de :
Cavitação.
Efeitos químicos
Microcorrente acústica
Emulsificação.
Com isso podemos limpar tanto a fase orgânica e inorgânica do canal radicular com isso se deixar o canal preparado para a próxima fase que será a ablação endodôntica.
Laser Ablação.
A ablação é o processo no qual há remoção, vaporização, lascamento ou destruição por outros processos erosivos. Neste caso usaremos a Indocianina Verde que tem uma baixíssima tensão que penetra nos túbulos dentinários.
Quando a bactéria é exposta a indocianina verde o mesmo acaba sendo absorvido deixando a bactéria verde.
Na presença do laser a indocianina verde absorve o oxigênio do ambiente e transforma em dióxidona que é altamente reativo que acaba liberando radicais livres que causam a morte da bactérias.
Caso clínico:
Vamos ao caso clínico o dente em questão é o 36.
Diagnóstico; Periodontite apical assintomática.
Etapas do tratamento..
Raio X de diagnóstico.
Anestesia com Articaína a 4%
Como o dente sem apoio para grampo, pois estava grande parte destruída e subgengival. Reconstruir toda a parede distal, deixando somente o espaço para o acesso.
Em seguida fez o isolamento, barreira e desinfecção com clorexidina, após o isolamento iniciou a limpeza de todo assoalho e juntamente foi localizado os canais explorando os mesmos com lima manual número 10.
Odontometria eletrônica.
Determinação da lima apical inicial.
O sistema utilizado a RaceEvo (FKG) e para o glide path foi utilizada a R-Pilot (VDW) em seguida foi usado a sequência preconizada, nos mesias foram utilizadas as limas 20/04, 25/06 e 35/04 já o distal foi até a 40/04. Irrigação com ultrassom da Optymus da CVDentus com a ponta T0T-E5 e associando a irrigação com o CUI, a cada troca de lima foi utilizado a irrigação máxima por 30 segundos por canal a cada troca de lima.
Aplicação do EDTA 17% com ultrassom da Optymus da CVDentus com a ponta T0T-E5 e associando a irrigação com o PUI e CUI e uma irrigação final com água bidestilada.
Secagem dos canais radiculares.
Aplicação da indocianina verde com um auxilio de uma agulha navitip FX.
Aguardo de 30 segundos.
Aplicação do laser por 30 segundos a cada canal realizando o movimento de introdução e recuo até o comprimento real de trabalho, feito em cada canal.
Irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5% e finalizando com o ultrassom por 30 segundos em cada canal.
Nova secagem do canal radicular.
Prova do cone.
Obturação pela técnica de cone único com cimento Sealapex.
RX da obturação.
Blindagem, restauração provisória e RX final.
Não há necessidade de medicação sistêmica.
Não houve dor pós-operatória com 24, 72 e 96 horas.