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Como identificar e tratar um dente com lesão endo-perio Parte 2- Lesão endo-periodontal.

Hoje vamos dar continuidade sobre as lesões endo-perio pois é uma das interações mais frequentes que nos temos da endodontia com as outras especialidades da odontologia sem dúvida é a com a periodontia.

Isto ocorre justamente por causa a intimidade na formação do germe dentário fazendo que durante a sua formação temos uma intimidade muito próxima entre as duas.

Existem muitas classificações sobre as doenças envolvendo as lesões endo-perio mas para nos clínicos a classificação de Simom, Glick e Frank, publicada no Jornal of Periodontology é a mais eficiente para a elaboração de um plano de tratamento.

Segundo os autores as doenças podem ser classificadas em:


  1. Lesão endodôntica primária.

  2. Lesão endo-periodontal.

  3. Lesão periodontal primária.

  4. Lesão perio-endodôntica.

  5. Lesão combinada verdadeira.

Neste post vamos descrever a Lesão endo-periodontal.


Características clínicas:


  1. Acometimento pulpar - necrose

  2. Drenagem via ligamento periodontal de abscessos de origem endodôntica

  3. Drenagem crônica: perda óssea, formação de bolsa periodontal

  4. Acúmulo de placa

Diagnóstico :

  1. Teste de vitalidade - negativo

  2. Dor e Mobilidade dentária

  3. Presença de placa e Inflamação gengival

  4. Perda de Inserção periodontal com uma imagem radiográfica de destruição marginalizando a raiz do dente.


Tratamento e prognóstico:


  1. Tratamento endodôntico

  2. Tratamento periodontal

  3. Controle rigoroso de placa pelo paciente

  4. Prognóstico favorável


Caso Clínico:


Tratamento é endodôntico e periodontal, neste caso clínico foi feito o seguinte:



Primeira sessão:


  1. Abertura coronária

  2. Isolamento absoluto

  3. Desinfecção do lençol de borracha.

  4. Instrumentação com o Sistema Race Evo com lima memória nos mesiais LK30 e no distal LK50.

  5. EDTA com ultrassom.

  6. Curativo de demora Calen + PMCC.

  7. Selamento provisório.


Presença de um abcesso na região de terço médio.
Presença de um abcesso na região de terço médio.

Rastreando a fístula com um cone de guta-percha.
Rastreando a fístula com um cone de guta-percha.

Cone de guta percha demonstrando a entrada da bolsa periodontal e a via de drenagem.
Cone de guta percha demonstrando a entrada da bolsa periodontal e a via de drenagem.



Via de drenagem periodontal.
Via de drenagem periodontal.

Segunda sessão, 21 dias depois:


  1. Abertura coronária

  2. Isolamento absoluto

  3. Desinfecção do lençol de borracha.

  4. Remoção do curativo de demora.

  5. EDTA com ultrassom.

  6. Curativo de demora Calen + PMCC.

  7. Selamento provisório.


Após a troca do curativo, vamos encaminhar o paciente para a periodontia para o tratamento periodontal completo.

Enquanto se trata a periodontia deve ser trocar o curativo de demora a cada 45 dias, até a alta do periodontista.


Sessão após a liberação do periodontista.


  1. Abertura coronária

  2. Isolamento absoluto

  3. Desinfecção do lençol de borracha.

  4. Remoção do curativo de demora.

  5. EDTA com ultrassom.

  6. Curativo de demora Calen + PMCC.

  7. Selamento provisório.


Após 14 dias:


  1. Abertura coronária

  2. Isolamento absoluto

  3. Desinfecção do lençol de borracha.

  4. Remoção do curativo de demora.

  5. EDTA com ultrassom.

  6. Obturação de preferencia com Sealapex.

  7. Selamento.


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