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Foto do escritorEndotoday

Cone de prata sempre um desafio para o endodontista.

Atualizado: 1 de fev. de 2022


Nas décadas de 70 até o inicio da década de 90 era muito comum a instrumentação pobre dos canais radiculares pela dificuldade das técnicas e por isso era muito comum a obturação com cones de prata. Os cones de prata na realidade era de zinco revestidos por prata. A prata é bactericida pois prejudica a atividade metabólica dos microorganismos. Mas com o tempo e a degradação da prata e os espaços deixados por ela somado ao processo de infiltração é comum a reinfecção depois de alguns anos.

A sua remoção vai depender de alguns fatores por exemplo o quando de cone de prata ficou para fora do canal radicular, muitas vezes era somente necessário uma pinça própria para cone de prata e puxar mas maioria das vezes o cone estava dentro do canal radicular.

Neste caso em específico foi utilizado o ultrassom para a remoção do cone de Prata.


Paciente do sexo feminino, com 47 anos com a seguinte condição clínica, no dente 15 :

  1. Dor presente e intensa com a "sensação de dente crescido"..

  2. Teste de sensibilidade negativo.

  3. Teste de percussão vertical com dor intensa.

  4. Teste de percussão horizontal com dor discreta.

Diagnóstico: Abscesso Fênix.



Radiografia inicial endotoday
Radiografia Inicial

Passos clínicos.

Primeira sessão

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Exploração do canal radicular com lima C pilot da VDW, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%, neste caso as lima penetraram até o terço médio com muita facilidade.

  3. Devemos passar pelo cone de prata pelo ao menos 1/4 da extensão do total dele como já havíamos passado.

  4. Com uma ponta T0T-E1 da CVDentus acoplada ao ultrassom Optymus da CVDentus passamos o cone de prata e acionamos o ultrassom com a máxima irrigação na potência 1.

  5. Com movimentos circulares em volta do cone porém sem fazer pressão nos mesmos

  6. Depois de 10 minutos o cone vestibular saiu e cone da raiz palatina saiu 12 minutos depois.

  7. Realizamos a odontometria radiografica que foi observado restos de prata no interior do canal mas não impediu o desbridamento foraminal e a sua remoção foi feita com a instrumentação dos canais radiculares..

  8. Determinação da lima apical inicial. Canal Vestibular a L.A.I. foi a #25, já o canal palatino foi a #30.

  9. Colocação nas embocaduras do canal radicular File Eze.


Radiografia da remoção dos cones de prata. Endotoday
Radiografia da remoção dos cones de prata.

  1. Atuação cervical e média com a lima SX.

  2. Instrumentação com o sistema Protaper Next na sequência X1 --> X2 --> X3 --> X4 --> X5.

  3. EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.

  4. Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.

  5. Selamento com ionômero de vidro.


Card do Protaper Next Endotoday

Segunda sessão.

  1. Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.

  2. XP- Endo Finisher da FKG.

  3. Obturação pela técnica de cone único calibrados com Ah Plus.

  4. Neste caso não foi realizado a blindagem das embocaduras do canal pois o reabilitador iria colocar pinos intraradiculares.



Radiografia Final Endotoday
Radiografia Final


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