Cone de prata sempre um desafio para o endodontista.
- Endotoday
- 1 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de fev. de 2022
Nas décadas de 70 até o inicio da década de 90 era muito comum a instrumentação pobre dos canais radiculares pela dificuldade das técnicas e por isso era muito comum a obturação com cones de prata. Os cones de prata na realidade era de zinco revestidos por prata. A prata é bactericida pois prejudica a atividade metabólica dos microorganismos. Mas com o tempo e a degradação da prata e os espaços deixados por ela somado ao processo de infiltração é comum a reinfecção depois de alguns anos.
A sua remoção vai depender de alguns fatores por exemplo o quando de cone de prata ficou para fora do canal radicular, muitas vezes era somente necessário uma pinça própria para cone de prata e puxar mas maioria das vezes o cone estava dentro do canal radicular.
Neste caso em específico foi utilizado o ultrassom para a remoção do cone de Prata.
Paciente do sexo feminino, com 47 anos com a seguinte condição clínica, no dente 15 :
Dor presente e intensa com a "sensação de dente crescido"..
Teste de sensibilidade negativo.
Teste de percussão vertical com dor intensa.
Teste de percussão horizontal com dor discreta.
Diagnóstico: Abscesso Fênix.

Passos clínicos.
Primeira sessão
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Exploração do canal radicular com lima C pilot da VDW, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%, neste caso as lima penetraram até o terço médio com muita facilidade.
Devemos passar pelo cone de prata pelo ao menos 1/4 da extensão do total dele como já havíamos passado.
Com uma ponta T0T-E1 da CVDentus acoplada ao ultrassom Optymus da CVDentus passamos o cone de prata e acionamos o ultrassom com a máxima irrigação na potência 1.
Com movimentos circulares em volta do cone porém sem fazer pressão nos mesmos
Depois de 10 minutos o cone vestibular saiu e cone da raiz palatina saiu 12 minutos depois.
Realizamos a odontometria radiografica que foi observado restos de prata no interior do canal mas não impediu o desbridamento foraminal e a sua remoção foi feita com a instrumentação dos canais radiculares..
Determinação da lima apical inicial. Canal Vestibular a L.A.I. foi a #25, já o canal palatino foi a #30.
Colocação nas embocaduras do canal radicular File Eze.

Atuação cervical e média com a lima SX.
Instrumentação com o sistema Protaper Next na sequência X1 --> X2 --> X3 --> X4 --> X5.
EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.
Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.
Selamento com ionômero de vidro.

Segunda sessão.
Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.
XP- Endo Finisher da FKG.
Obturação pela técnica de cone único calibrados com Ah Plus.
Neste caso não foi realizado a blindagem das embocaduras do canal pois o reabilitador iria colocar pinos intraradiculares.

Comments