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Educação ou Desinformação? A Qualidade dos Vídeos sobre Tratamento de Canal no YouTube.



Influência do Youtube sobre o risco do tratamento de canal




Introdução:


O YouTube é uma das plataformas de mídia social mais utilizadas na área da saúde e possui grande impacto no comportamento dos pacientes. Com o aumento do acesso à internet, muitos indivíduos buscam informações sobre procedimentos médicos e odontológicos online. No entanto, a qualidade da informação disponível nem sempre é confiável. Isso é especialmente relevante no campo da endodontia, onde a desinformação pode gerar medo e ansiedade desnecessários em relação ao tratamento de canal radicular.


Informação sobre o Tratamento de canal :


A proliferação de desinformação e conteúdo educacional deficiente no YouTube pode agravar a ansiedade pública e aumentar o medo injustificado em torno do tratamento endodôntico. Estudos indicam que pacientes frequentemente recorrem a vídeos na plataforma para aprender sobre os riscos de um tratamento de canal antes de consultar um profissional. Contudo, a ausência de controle de qualidade sobre esses vídeos coloca em risco a compreensão correta dos procedimentos, levando a decisões equivocadas. Este estudo teve como objetivo investigar a qualidade dos vídeos no YouTube que abordam os riscos do tratamento de canal.


Métodos:


O YouTube foi pesquisado usando uma combinação de palavras-chave específicas relacionadas a complicações endodônticas para replicar o comportamento de busca típico de pacientes. A qualidade dos vídeos selecionados foi avaliada utilizando uma versão modificada do sistema de pontuação DISCERN, que permite medir a confiabilidade e a qualidade de conteúdos de saúde, além de uma pontuação de qualidade global. Dois avaliadores realizaram a análise de forma independente. Também foi realizada uma análise quantitativa do conteúdo para capturar informações sobre a duração, formato, engajamento e interações dos vídeos. Os 10 vídeos mais vistos foram analisados em profundidade, considerando-se a mensagem e o formato.


Resultados:


A qualidade geral média dos vídeos foi considerada baixa, com uma pontuação média de 2,20 (em uma escala de 1 a 5). Vídeos produzidos por órgãos reguladores e instituições de saúde tiveram a maior pontuação média (3,00) e uma duração média mais curta (2 minutos e 23 segundos), porém receberam o menor número de visualizações e interações. Por outro lado, vídeos de qualidade inferior (média de 1,5) foram produzidos por indivíduos não relacionados à área da saúde, como jornalistas e criadores de conteúdo generalista. Estes vídeos tendiam a ser mais longos (média de 8 minutos e 49 segundos) e geravam maior engajamento, sugerindo que conteúdo sensacionalista ou alarmista atrai mais a atenção do público.

Além disso, em quase todos os vídeos analisados, as informações relacionadas à tomada de decisão pelos pacientes eram mal apresentadas, com pouca ou nenhuma referência a dados científicos confiáveis, aumentando o risco de decisões equivocadas.




Qualidade ou não?
Qualidade ou não?

Conclusões:


A comunidade odontológica, especialmente instituições acadêmicas, sociedades profissionais e órgãos reguladores, deve se engajar estrategicamente na criação de vídeos educativos de alta qualidade para o YouTube e outras plataformas digitais. Tais vídeos precisam ser envolventes, de fácil compreensão, e embasados em evidências científicas, a fim de responder às principais preocupações dos pacientes sobre o tratamento de canal radicular e reduzir o impacto da desinformação. Ao fazer isso, espera-se que a confiança dos pacientes na endodontia seja restaurada e que eles tomem decisões mais bem informadas sobre seus tratamentos.


A Importância de Cursos Presenciais na Educação Contínua:


Além das estratégias digitais, os cursos presenciais desempenham um papel crucial na educação de profissionais da saúde, oferecendo um ambiente propício para o aprendizado prático e a troca de experiências entre colegas e especialistas. Ao contrário de conteúdos online, que muitas vezes são passivos e unidimensionais, os cursos presenciais possibilitam um aprendizado interativo, onde os participantes podem realizar perguntas, receber feedback imediato e realizar procedimentos sob supervisão.

No contexto da endodontia, cursos presenciais sobre temas como o uso correto de tecnologias recentes (como o Protaper Ultimate e o NeoFile), manejo de complicações e melhores práticas clínicas permitem que os profissionais adquiram habilidades avançadas e estejam preparados para enfrentar desafios clínicos com mais confiança. Quando complementados por materiais didáticos de alta qualidade, como vídeos bem produzidos e embasados em evidências, esses cursos aumentam significativamente a eficiência do aprendizado, resultando em uma prática mais segura e informada.

Portanto, a combinação de educação digital responsável e educação presencial de qualidade é fundamental para aprimorar o conhecimento na área da saúde e garantir que os profissionais estejam atualizados e preparados para oferecer o melhor cuidado possível aos seus pacientes.

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