O caso clínico de hoje é para demostrar que podemos fazer uma endodontia com o mais alto padrão de conhecimentos biológico.
Paciente se apresentou em nosso curso de especialização em endodontia na HD Ensinos Odontológicos em Uberlândia. Com os seguintes quadro clínico.
Dor espontânea.
Dor intensa
Dor a pressão vertical
Sensação de dente crescido.
Radiograficamente:
Apresenta com radiolucência apical.
Implante próximo ao dente em questão.
Reabsorção Apical
Passos clínicos.
Primeira sessão
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Exploração do canal radicular com lima Kerr 10, Maillefer -Dentsply Sirona com irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 5,25% nos terços cervical e médio e a 2,5% no terço apical. (Objetivo: remoção de restos orgânicos e neutralização bacteriana. O hipoclorito de sódio é mais efetivo que a clorexidina pois age tanto nas bactérias como nos restos orgânicos o que já não acontece com a clorexidina).
Determinação da lima apical inicial. Após meticulosa inspeção do dente confirmou a presença de apenas com um único canal. A L.A.I. foi determinada como sendo a lima número 25. ( A determinação da L.A.I. é de fundamental importância pois estamos medindo o diâmetro da zona apical com isso podemos determinar qual será o instrumento memória. Instrumento que permite a correta limpeza da região apical e suporte para a obturação. Lembrando que o dente apresenta com uma reabsoção apical.)
Previamente à instrumentação, realizou-se preparo cervical com lima K3XF 25.12 e preparo biomecânico com o sistema Waveone Gold com a lima Large (45/05). (O uso do instrumento Large permitiu a correta limpeza da zona crítica de contaminação e formação do batente apical.)
EDTA sobre agitação com pontas de ultrassom. ( Melhor opção para remoção do Smear Layer).
Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias. ( Afinal se trata de um dente contaminado e hoje não temos tecnologia capaz de Detox todo a sistema de canais radiculares)
Selamento com ionômero de vidro.
Segunda sessão.
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.
EDTA sobre agitação com pontas de ultrassom. ( Melhor opção para remoção do Smear Layer).
Obturação pela técnica de condensação lateral com cones de guta percha calibrados associados ao cimento Sealapex, SybronEndo-Kerr.
Blindagem da entrada do canal radicular.
A obturação sem extravazamento de cimento endodôntico que irá induzir a formação de selamento biológico que aumenta em muito a longevidade do elemento dental pois se houver uma infiltração pela coroa o selamento biológico irá impedir a contaminação do periápice. Já quando temos o "PUFF" de cimento endodôntico biológico não causa nenhuma injuria ao paciente porem se houver uma infiltração coronária, nada irá impedir das bactérias chegarem ao periápice.
Selamento biológico é quando se obtura um canal radicular com um cimento biológico e a região do forame é preenchido com cemento pelos cementócitos.
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