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Flare-up, de quem é a culpa?

Recentemente foi questionado se o movimento oscilatório não reciproco pode causar um flare-up?


Os trabalhos não são claros sobre este assunto pois existe alguns que descrevem que não causa Flare-up mas tem outros autores que afirmam que sim.


Consideremos Flare-up quando o paciente tem um agudização de um caso clínico que originalmente era um periodontite apical sintomática ou assintomática dentro de 24 horas após o atendimento inicial.


As causas freqüentes são:


  1. Uso incorreto na concentração de hipoclorito de sódio.

  2. A exploração inadequada do canal radicular com pressão apical.

  3. Pouca instrumentação ou pouca ampliação apical, instrumentação abaixo de 30/04 podem não ser suficientes para a solução irrigadora chegar na região apical. (veja este artigo).

  4. Pressão excessiva apical.


 

Mas o que aconteceu neste caso clínico?

Vamos ao caso clínico:


Paciente do sexo feminino, com 21 anos com a seguinte condição clínica :


  1. Dor ausente.

  2. Teste de sensibilidade negativo.

  3. Teste de percussão vertical negativo.

  4. Teste de percussão horizontal negativo.

  5. Ampla restauração de amalgama

Diagnóstico: Periodontite Apical Assintomática.

Radiografia inicial waveone
Radiografia inicial

Podemos observar na raizes com pouca curvatura sendo que as mesiais com luz de canal mais estreitas e a distal com uma luz de canal mais ampla. Sistema escolhido as Limas Waveone Gold pela possibilidade de ampliação até 45/05.


Primeira sessão

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%.

  3. Determinação odontometria e da lima apical inicial.

    1. Canal mesio vestibular e disto vestibular a L.A.I. foi a #10

    2. Para canal distal foi a #20.

  4. Neste caso em específico estava recomendado a confecção do glidepath apenas nas raizes mesiais.

  5. Desbridamento com as L.A.F. nos mesiais com lima manual #08 no comprimento real do dente e na raiz distal desbridamento com lima manual #15 no comprimento real do dente sempre com o auxilio do localizador eletrônico foraminal.

  6. Glidepath com a lima Waveone gold glider- Denstply Sirona.

  7. Instrumentação com o sistema Waveone Gold na sequência Small --> Primary nos canais mesiais pela dificuldade de avançar com a Primary e no canal distal a Waveone Gold Medium.

  8. EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.

  9. Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.

  10. Selamento com ionômero de vidro.



 

16 horas depois.

 

O paciente apresenta com dor intensa e dente com sensação de dente crescido.

Neste caso saímos de uma periodontite apical assintomática para um quadro clínico de Flare-up.


O que fazer?

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%, removendo o curativo de demora

  3. Desbridamento com as L.A.F. nos mesiais com lima manual #08 no comprimento real do dente e na raiz distal desbridamento com lima manual #15 no comprimento real do dente sempre com o auxilio do localizador eletrônico foraminal.

  4. Repassar o instrumento memória que neste caso foram:

    1. Lima rotatória 25/06 nos mesiais.

    2. Lima rotatória 35/04 no distal.

  5. EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.

  6. Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White.

  7. Selamento com ionômero de vidro.

  8. Medicação sistêmica:

  9. Diclofenaco de colestiramina 70mg, um comprimido de 8/8 horas por 5 dias.

  10. Amoxicilina com clavulanato de potássio 500mg, um comprimido de 8/8 horas por 7 dias.

  11. A medicação é necessária pois estamos com um grande número bactérias se encontra na região de periápice.

Depois de 24 horas o paciente relatou que a dor havia desaparecido e já não sentia o dente mais alto que os demais.

Neste caso as causas prováveis foram em ordem decrescente:

  1. Pressão apical com as limas iniciais.

  2. Solução irrigante com comprometimento na sua concentração.

  3. Pressão Apical com o sistema de instrumentação.

Observa que o sistema oscilatório não reciproco não é fator determinante para a causa de um Flare-up, mas o uso de sistema rotatórios nos quadros de abscessos tem se demostrado mais eficiente.

 

Segunda sessão 21 dias após.


  1. O paciente retornou sem quadro de dor.

  2. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  3. Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%, removendo o curativo de demora.

  4. Repassar o instrumento memória:

    1. Lima rotatória 25/06 nos mesiais.

    2. Lima rotatória 35/04 no distal.

  5. Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.

  6. XP- Endo Finisher da FKG.

  7. Obturação pela técnica de cone único calibrados com AH Plus.



Radiografia Final
Radiografia Final

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