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Instrumentação manual ainda é possível ?

Sistemas manuais.


Nem sempre é possível utilizar os sistemas automatizados, entres os motivos mais presente é quando o motor elétrico falha ou simplesmente deixa de funcionar e o reparo geralmente é longo chegando a quase 30 dias.

Então é possível fazer uma tratamento endodôntico de altíssima qualidade com instrumentos manuais?

Sim é possível deste que escolha a técnica mais adequada para cada caso, lógico que o tempo de execução será mais longo mas teremos sucesso.

Então decidi fazer um caso com instrumentação manual para demonstrar que é possível sim.


Caso Clínico.


Paciente do sexo feminino, com 49 anos com a seguinte condição clínica no dente 37:

  1. Dor ausente segundo o paciente.

  2. Teste de sensibilidade negativo.

  3. Teste de percussão vertical com discreta sensibilidade.

  4. Teste de percussão horizontal negativo.

Diagnóstico: Periodontite apical assintomática



Radiografia Inicial
Radiografia Inicial



Casos clínicos.

Primeira sessão

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Exploração do canal radicular com lima C pilot da VDW, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 5,25% nos terços cervical e médio já no terço apical a solução utilizada foi o hipoclorito de sódio à 2,5%.

  3. Após a exploração dos canais e com a neutralização parcial do conteúdo séptico.

  4. Escolha da técnica manual mais apropriada para cada canal sendo que nos canais mesiais a técnica escolhida foi Goerig e para o canal distal a técnica escolhida foi a Oregon Modificada.

Canais mesiais.


A figura abaixo demonstrada a execução realizada nos canais mesiais.


Goerig técnica manual de instrumentação endodontia endotoday
Goerig

Canal Distal


A figura abaixo demonstrada a execução realizada no canal distal.



técnica de instrumentação oregon modificada endotoday card
Oregon Modificada
  1. EDTA sobre agitação utilizando o ultrassom.

  2. Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.

  3. Selamento com ionômero de vidro.

Segunda sessão.

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.

  3. EDTA aplicado com o Ultrassom.

  4. Irrigação final com soro fisiologico.

  5. Aspiração com as Navtips, deixando o canal úmido pois a obturação foi realizada com o Cimento Sealer da MK Life.

  6. Blindagem da embocadura com adesivo e resina Flow

  7. Selamento com ionômero de vidro.

Na radiografia final podemos observar a correta ampliação apical e o formato cônico da instrumentação assemelhando muito a instrumentação automatizada.



Radiografia Final
Radiografia Final

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