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Localizador eletrônico foraminal erra?

Localizador eletrônico foraminal erra !


É comum vermos vários posts relatando erros que o localizador eletrônico foraminal causa na mensuração. Isto é relativamente comum principalmente quando temos:

  1. Pilha ou bateria fraca

  2. Dente com cárie extensa em alguma de suas proximais

  3. Dente amplamente destruído

  4. Isolamento absoluto com infiltração

  5. Excesso de líquido dentro da câmara pulpar

  6. Restaurações metálicas com contato com o tecido gengival.


Mas quando você utiliza o localizador eletrônico foraminal corretamente mas radiograficamente fica "longe". A primeira pergunta fica em quem confiar no localizador ou na radiografia?


Trabalhos demonstram que o uso de localizador eletrônico foraminal de ótima qualidade como podemos citar o Romeapex A 15 (Romidan) ou o Mini Root ZX (J. Morita) tem uma eficiência de 99% e enquanto a radiografia tem uma eficiência de 70%.

Portanto matematicamente a chance da medida do localizador eletrônico foraminal estar correto é de 41,42% maior. Então devemos confiar no localizador eletrônico foraminal.


Vamos ver o caso clínico abaixo.



Paciente do sexo feminino, com 34 anos com a seguinte condição clínica, no dente 22:


  1. Dor presente e intensa.

  2. Teste de sensibilidade negativo.

  3. Teste de percussão vertical positivo.

  4. Teste de percussão horizontal negativo.

Diagnóstico: Abcesso Apical.




Radiografia inicial
Radiografia inicial



Podemos observar no terço apical uma curvatura dupla, este tipo de curvatura provoca muito stress sobre o instrumento podendo haver o rompimento do instrumento.

Sistema escolhido foi BioRaCe pela sua secção transversal triangular e pelos dispositivo ante rosqueamento.


Sequência do BioRaCe
Sequência do BioRaCe


Primeira sessão.

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%.

  3. Determinação odontometria e da lima apical inicial que neste caso foi a LK 20 .

  4. Realizamos o glidepath com a lima ProGlider para ampliar melhor o terço cervical. Lubrificando o canal com file-eze, para reduzir o atrito no interior do canal.

  5. Instrumentação com o sistema Biorace, Br0 --> Br1--> Br2 --> Br3 -->Br4 até a Br5 (40/04).

  6. EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.

  7. Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.

  8. Selamento com ionômero de vidro.

Prescreveu como medicação sistêmica pois era um abcesso apical :

  • Clavulin 500mg por 7 dias de 8/8hs.

  • Arcoxia 90mg por 5 dias um ao dia.

Segunda sessão

  1. Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.

  2. Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%.

  3. Aplicação do instrumento memória 40/04.

  4. EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.

  5. Obturação com cimento Sealapex e blindagem com resina Flow na embocadura dos canais radiculares.

  6. Selamento com ionômero de vidro.


Radiografia Final
Radiografia final

O que aconteceu?


Radiograficamente ficou aquém provavelmente uns 3mm e agora?


Vamos analisar:

1) Tivemos que desbridar para drenagem do líquido purulento e foi efetivo.

2) O desbridamento foi realizado com o localizador eletrônico foraminal levando a ele até aparecer o "Over".

3) Não vemos luz do canal após o limite de obturação.


Portanto estamos no limite correto de instrumentação e obturação deixando bem claro a eficiência do localizador eletrônico foraminal sobre a radiografia periapical.





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