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O que é displasia cemento óssea periapical ? Qual é o tratamento?

Atualizado: 17 de out. de 2023


Displasia Cemento Óssea Periapical


Definição:


A Displasia Cemento Óssea Periapical (DCOP) é uma condição fibro-óssea que se caracteriza pela gradual substituição do tecido ósseo saudável por tecido fibroso. Essa condição é de origem idiopática e pode afetar tanto a maxila quanto a mandíbula, seja de forma isolada ou em um grupo de dentes.


De forma geral, as lesões fibro-ósseas apresentam características radiográficas distintas conforme sua maturação, ou seja, sua idade. Lesões mais recentes tendem a parecer predominantemente radiolúcidas (com baixa densidade); lesões em estágios intermediários têm uma aparência de densidade mista (com áreas radiopacas e radiolúcidas); enquanto lesões antigas são principalmente radiopacas (com alta densidade).


É importante destacar que a DCOP é uma condição autolimitante, o que significa que quando atinge seu estágio final de maturação, não causa um aumento significativo no volume do osso cortical adjacente. Além disso, os dentes afetados pela DCOP geralmente respondem positivamente ao teste de vitalidade pulpar.


Diagnóstico:


A Displasia Cemento-Óssea Periapical pode ser dividida em três fases distintas, cada uma com características radiográficas únicas. Na primeira fase, a imagem radiográfica parece radiolúcida, o que se assemelha à aparência do osso reabsorvido idêntico a problemas de necrose pulpar. No entanto, é importante notar que, nessa fase, o dente ainda mantém sua vitalidade pulpar, ou seja, o tecido pulpar está vivo.


Na terceira fase, a imagem radiográfica se assemelha muito à hipercementose, que é um aumento anormal de tecido duro ao redor da raiz do dente.


A segunda fase é a mais desafiadora em termos de diagnóstico preciso, pois suas características radiográficas não são tão distintas quanto as das outras fases. Portanto, é necessário um exame mais minucioso para determinar com precisão em qual fase a displasia se encontra.


Fases da Displasia cemento óssea periapical.


Fase 1- Osteolística.


Na primeira fase da Displasia Periapical Osteolítica (DPOC), ocorre a lise óssea, o que significa que há uma degradação do osso. Quando olhamos essa fase nas radiografias, ela aparece principalmente como uma área radiolúcida, ou seja, uma área mais escura nas imagens. Radiograficamente, essa fase se parece muito com uma rarefação óssea periapical causada por inflamação.


A diferença clínica importante entre a DPOC e uma simples rarefação óssea periapical é que, na DPOC, o dente afetado ainda mantém sua vitalidade pulpar. Isso significa que, apesar da aparência semelhante nas radiografias, o dente na DPOC ainda possui nervos vivos, ao contrário da rarefação óssea periapical, onde o dente afetado não tem vitalidade pulpar.



Fase inicial da Osteolística no 2 molar que apresenta com vitalidade pulpar positiva dentro da normalidade.
Fase inicial da Osteolística no 2 molar que apresenta com vitalidade pulpar positiva dentro da normalidade.


Fase 2 - Cementoblástica.


Na segunda fase da Displasia Cemento-Óssea Periapical, chamada de fase Cementoblástica, estamos em um estágio intermediário. Nessa fase, quando olhamos as radiografias ou tomografias, vemos uma mistura de densidades. Isso indica que, no momento da imagem, o tecido ósseo está sendo gradualmente substituído por tecido fibroso de forma contínua. É como se estivesse ocorrendo uma transição na estrutura do tecido, tornando a interpretação radiográfica mais complexa do que nas fases extremas da displasia.

Segue abaixo exemplos tomográficos da fase cementoblástica.





Fase 3 - Maturação.


A terceira fase da Displasia Cemento-Óssea Periapical é a fase de Maturação, que é o estágio final desse processo. Neste estágio, ocorre a máxima acumulação de tecido fibroso na região periapical. Quando observamos as imagens radiográficas ou tomográficas, vemos predominantemente uma imagem radiopaca, o que significa que essa área aparece muito densa. Essa densidade é envolta por uma área radiolúcida, ou seja, uma área mais clara ao redor, que forma como um halo. Nessa fase, podemos observar toda a extensão da raiz do dente de forma bastante clara nas imagens. É o estágio em que a displasia cemento-óssea atinge seu máximo desenvolvimento.



2 Pré-molar em fase de maturação da displasia cemento-óssea, o dente apresenta com vitalidade pulpar dentro da normalidade.
2 Pré-molar em fase de maturação da displasia cemento-óssea, o dente apresenta com vitalidade pulpar dentro da normalidade.


 

Tratamento:


Após o tratamento, é importante realizar exames radiográficos e testes de sensibilidade a cada 6 meses, mas apenas para monitoramento. Uma vez que a condição esteja estabilizada, a frequência desses controles pode ser reduzida para uma vez por ano.




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