Fraturas de instrumentos o nosso mais desafio.
Nem sempre é possível utilizar os sistemas automatizados sem ocorra problemas, entre os problemas mais recorrentes é da fratura do instrumental. Mesmo que sigamos todos às etapas corretamente não estamos livres de acidentes. Nesta caso vamos falar quando um instrumento fratura dentro do canal e a tentativa de remoção foi fracassada mas conseguimos passar pelo instrumento melhorando a porcentagem de sucesso clínico. Está é uma experiencia que todos os profissionais iram enfrentar, mais cedo ou mais tarde.
Caso Clínico.
Paciente do sexo feminino, com 29 anos com a seguinte condição clínica no dente 46:
Dor ausente segundo o paciente.
Teste de sensibilidade negativo.
Teste de percussão vertical com discreta sensibilidade.
Teste de percussão horizontal negativo.
Diagnóstico: Periodontite apical assintomática
Casos clínicos.
Primeira sessão
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Exploração do canal radicular com lima C pilot da VDW, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 5,25% nos terços cervical e médio já no terço apical a solução utilizada foi o hipoclorito de sódio à 2,5%.
Após a exploração dos canais e com a neutralização parcial do conteúdo séptico.
Neste ponto deveria realizar a odontometria eletrônica e determinação da lima apical inicial mas optou pela confecção do GlidePath com uma R-Pilot que devido a ser um molar inferior aonde a incidência de triplacurvatura nas raizes mesiais a R-Pilot acabou por fraturar na região apical do canal mesio vestibular.
Quando uma lima se fratura o primeiro passo é tentar remover o instrumento passando uma lima manual pelo instrumento. Foi colocado dentro do canal File-Eze e com uma c-pilot da VDW número 08 tentamos passar pelo instrumento que acabou acontecendo.
Entramos com o ultrassom com a Irrisonic da Helse na potência 20% e com irrigação máxima que após 40 minutos o instrumento permaneceu no mesmo local.
Decidiu continuar a instrumentação manualmente sendo que no canal mesio vestibular a técnica foi a clássica escalonada e no canal mesio lingual a técnica escolhida foi Goerig e para o canal distal a técnica escolhida foi a Oregon Modificada.
Canais Mesio Lingual.
A figura abaixo demonstrada a execução realizada nos canais mesio lingual.
Canal Distal
A figura abaixo demonstrada a execução realizada no canal distal.
Tivemos que o instrumento memória foi a LK 25 no mesio-Vestibular, a LK 30 no mesio-lingual e Lk 45 no distal
EDTA sobre agitação utilizando o ultrassom.
Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.
Selamento com ionômero de vidro.
Segunda sessão.
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.
EDTA aplicado com o Ultrassom.
Irrigação final com soro fisiológico.
Obturação com AH Plus.
Blindagem da embocadura com adesivo e resina Flow
Selamento com ionômero de vidro.
Na radiografia final podemos observar a obturação passou pelo instrumento fraturado mas a obturação não ficou perfeita portanto devemos proservar .atenciosamente se a radiolucência não desaparecer dentro de 24 meses uma cirurgia parendodôntica deverá ser feita.
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