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Remoção de pinos intraradiculares metálicos com o Ultrassom.

Atualizado: 16 de mar.

A remoção de pinos intrarradiculares metálicos utilizando a tecnologia ultrassônica representa um avanço significativo na endodontia, permitindo uma abordagem menos invasiva e mais precisa. Para realizar este procedimento, é necessário um conjunto específico de instrumentos e uma técnica cuidadosamente planejada, baseada em evidências práticas. A seguir, apresento uma descrição didática e fundamentada deste processo:


Seleção de Materiais

  1. Fresas 556 ou 557: Estas fresas são essenciais para acessar a linha de cimentação, que é o limite onde o pino metálico está aderido ao dente. A escolha entre uma fresa 556 ou 557 depende da preferência do operador e da anatomia do dente tratado. A fresa transmetal cilíndrica da Maillefer é especialmente projetada para cortar metais com eficiência, reduzindo o risco de danificar o dente durante o acesso.

  2. Fresas LN: O uso opcional dessas fresas visa a remoção adicional de cimento ao redor do núcleo metálico. A remoção eficaz do cimento é crucial para diminuir a adesão do pino ao canal radicular, facilitando sua extração.

  3. Ponta C2T ou T1T da CVDentus: Estas ponta são projetadas para trabalhar em conjunto com o ultrassom, otimizando a remoção do pino. A escolha da ponta correta é fundamental para garantir que a energia ultrassônica seja transmitida de maneira eficaz ao material que se deseja remover.


Ponta C2T
Ponta modelo C2T


Ponta modelo T1T
Ponta Modelo T1T


Configuração do Ultrassom



Ultrassom CVDentus Optymus
Ultrassom CVDentus Optymus


  • Potência do Ultrassom: Ajustar a potência entre 70% a 90% é crucial para assegurar que a energia ultrassônica seja suficiente para provocar a vibração do pino e do cimento, sem causar danos ao dente mas sempre devemos iniciar em 70% e evitar ao máximo potências maiores que 90% nos ultrassons da CVDentus ou nos importados, já os nacionais pode colocar 100% mas a transmissão de ondas será menor. A seleção da potência deve levar em consideração a resistência do material a ser removido e a sensibilidade do paciente.

  • Solução Irrigadora: A água destilada é preferida como solução irrigadora devido à sua pureza, que minimiza o risco de contaminação. A irrigação adequada é essencial para manter o campo operatório limpo e para resfriar a ponta ultrassônica, prevenindo o superaquecimento.

  • Regulagem para Irrigação: Ajustar a irrigação no mínimo é importante para evitar o excesso de água, que pode dificultar a visualização do campo operatório e diluir a eficácia da vibração ultrassônica.


Técnica Passo a Passo


  1. Exposição da Linha de Cimentação: A remoção precisa do núcleo metálico para expor a linha de cimentação é o primeiro passo crítico. Esta etapa requer habilidade para evitar a remoção excessiva de estrutura dentária saudável.

  2. Remoção do Cimento: A eficácia na remoção do cimento determina a facilidade com que o pino pode ser extraído. A técnica deve ser meticulosa para assegurar que o máximo de cimento seja removido sem danificar o dente. Este passo deve ser realizado quando temos pinos maiores de 14mm intracanal que são raros.

  3. Perfuração e Posicionamento da Ponta Ultrassônica: A criação de um orifício para o posicionamento da ponta ultrassônica deve ser feita com precisão, garantindo que a ponta possa ser inserida adequadamente sem comprometer a estrutura do núcleo.

  4. Ativação do Ultrassom e Remoção do Pino: A ativação do ultrassom deve ser feita com cuidado, aplicando uma força controlada e monitorando constantemente a resposta do paciente. A técnica de tracionamento para incisal deve ser realizada com delicadeza para evitar a aplicação de força excessiva e sempre ao longo eixo do dente.





Figura 1 com remoção do cimento que revestia o canal radicular
Expondo a linha de cimentação

Transfixando o pino do ultrassom com a fresa  556
Transfixando a ponta de ultrassom

Pino removido
Pino Removido






Considerações Finais


A técnica de remoção de pinos intrarradiculares metálicos com o uso de ultrassom exige não apenas o domínio dos aspectos técnicos, mas também uma compreensão profunda dos princípios físicos que regem a vibração ultrassônica e sua interação com os materiais dentários. A prática baseada em evidências e a constante atualização sobre as inovações tecnológicas são fundamentais para o sucesso deste procedimento.


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