Em molares inferiores, apresenta a tripla curvatura que é quando os canais mesiais se unem na saída do forame que muitas vezes não visto nem pela radiografia convencional ou digital provocando a fratura de inúmeros sistemas de instrumentação. Para identifica-las devemos realizar as medidas de cada canal em separado. Depois colocamos a lima no canal mesio vestibular até o CRT e depois no mesio lingual, se o mesmo não atingir o CRT é um forte indicio que estamos frente a tripla curvatura. Retiramos ambas as limas dos canais radiculares e repetimos o processo mas desta vez iniciando pelo canal mesio lingual que agora atinge o CRT mas o mesio vestibular não. estamos frente a um canal com triplacurvatura. Este caso clínico tivemos uma triplacurvatura e resolvemos fazer com o sistema revolucionário da FKG com a lima XP Shaper. Feita com uma liga em NiTi especial, com temperaturas de transformação diferentes das demais limas, com isso ela passa da forma martensita para austenita a uma temperatura de 35 graus Celsius enquanto as demais ligas isto ocorre por volta de 50 a 55 graus Celsius, por isso quando mergulho em água aquecida as limas em ligas CM voltam a sua forma original.
Então quando iniciamos a instrumentação do canal radicular com a XP Shaper, ela está mais flexível e conforme ela se aquece dentro do canal é tende a voltar a sua forma original com isso acaba por instrumentar o canal radicular.
Caso clínico
Paciente do sexo feminino, com 19 anos com a seguinte condição clínica, no dente 36 :
Dor de baixa intensidade, localizada e constante.
Teste de sensibilidade negativo.
Teste de percussão vertical com discreta sensibilidade.
Teste de percussão horizontal negativo.
Diagnóstico: Periodontite apical sintomática
Passos clínicos.
Primeira sessão
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfecção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Exploração do canal radicular com lima C pilot da VDW, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%.
Determinação da lima apical inicial. Canal mesio vestibular e mesio lingual a L.A.I. foi a #10 já p canal distal foi a #20, neste caso em específico estava recomendado a confeção do glidepath.
Glidepath com a lima Scout 10/02, 15/02 e 20/02..
Instrumentação com o sistema XP Shaper nos três canais iniciando pelo canal mesio vestibular. Instrumentando por terços e a cada terço instrumentado com irrigação abundante. Após a instrumentação com a XP Shaper, no canal distal foi complementado a instrumentação com 40/04 do kit BioRaCE.
Sequência Clínica.
Finalizando.
EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.
Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.
Selamento com ionômero de vidro.
Segunda sessão.
Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%.
XP- Endo Finisher da FKG.
Obturação pela técnica Schilder com Sealapex - Kavo Kerr. Para a obturação utilizamos a técnica de Schilder que se trata de uma técnica termoplastifica com condensação por terços. Para Auxiliar utilizamos o condensador de guta-percha chamada de Endoapex que permite através do calcador por ondas térmicas de cortar e plastificar a guta-percha e uma pistola que injeta a guta-percha dentro do canal radicular entre 160 a 200 graus celsius. Como a condensação é por terços a possibilidade de obturar canais laterais são muito mais alta.
Blindagem das embocaduras dos canais adesivos em três passos e com resina flow bulk Fill.
Comments