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Você sabe o que fazer quando um paciente tem uma reação alérgica ao anestésico local?

Atualizado: 17 de out. de 2023



Qual a incidência de risco?


A incidência de reações alérgicas ao anestésico local é relativamente baixa, geralmente estimada em cerca de 1 a 3 casos por 10.000 anestesias locais realizadas. No entanto, a gravidade das reações alérgicas pode variar amplamente, desde reações leves, como prurido e urticária, até reações graves, como angioedema, broncoespasmo, hipotensão e choque anafilático.

Vários fatores podem aumentar o risco de reações alérgicas ao anestésico local, como história prévia de alergias, asma, doenças autoimunes, infecções recentes, uso de medicamentos que podem potencializar a resposta alérgica e a sensibilidade individual do paciente ao anestésico local.



 

Quais medicamentos podem potencializar o efeito do anestésico e suas reações alérgicas.


Alguns medicamentos podem potencializar as reações alérgicas ao anestésico local, aumentando a gravidade e a rapidez com que os sintomas se desenvolvem. Esses medicamentos incluem:

  1. Beta-bloqueadores: são medicamentos comuns para tratar pressão alta, doenças cardíacas e enxaquecas. Eles podem aumentar o risco de reações graves ao anestésico local, como hipotensão e broncoespasmo.

  2. Inibidores da monoamina oxidase (IMAOs): são medicamentos utilizados para tratar a depressão, transtornos de ansiedade e transtornos alimentares. Esses medicamentos podem prolongar a duração e aumentar a intensidade da reação alérgica ao anestésico local.

  3. Antidepressivos tricíclicos: são medicamentos usados para tratar a depressão, transtornos de ansiedade e transtornos do sono. Eles podem aumentar o risco de reações graves ao anestésico local, como hipotensão e arritmias cardíacas.

  4. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): são medicamentos usados para aliviar a dor e reduzir a inflamação. Eles podem aumentar a sensibilidade do paciente ao anestésico local e potencializar a reação alérgica.

  5. Antibióticos aminoglicosídeos: são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas. Eles podem aumentar o risco de reações graves ao anestésico local, como broncoespasmo e hipotensão.

É importante que os pacientes informem ao profissional sobre quaisquer medicamentos que estejam tomando antes da administração do anestésico local, para que sejam tomadas medidas preventivas e, se necessário, a administração de um anestésico alternativo.



 

O que fazer?


Quando um paciente apresenta uma reação alérgica ao anestésico local, é importante tomar imediatamente os seguintes procedimentos:

  1. Pare a administração do anestésico local imediatamente.

  2. Mantenha o paciente em observação e avalie os sintomas de reação alérgica, como urticária, prurido, edema, dispneia, taquicardia, hipotensão ou choque anafilático.

  3. Se a reação for leve, tratamentos como anti-histamínicos, corticosteroides ou broncodilatadores podem ser indicados. O uso de oxigênio também pode ser necessário em casos de dispneia.

  4. Se a reação for grave ou há risco de anafilaxia, chame imediatamente uma equipe médica de emergência para tratar o paciente com epinefrina (adrenalina) e outros medicamentos necessários para estabilizar a função cardiovascular e respiratória.

  5. Informe ao paciente e à equipe médica sobre a reação alérgica ao anestésico local e os medicamentos utilizados no tratamento da reação.

  6. Registre o incidente em prontuário médico do paciente.

Além disso, é importante identificar o agente causador da reação alérgica, por meio de testes de alergia específicos, para evitar futuras exposições e garantir a segurança do paciente durante procedimentos anestésicos. É recomendável que pacientes que já tiveram uma reação alérgica prévia a anestésicos locais sejam submetidos a avaliação médica e orientações específicas antes de futuros procedimentos.



 


Existe alguns anestésicos que são mais alérgicos ?


Qualquer anestésico local pode, em teoria, causar uma reação alérgica, mas alguns são mais propensos a fazê-lo do que outros. Os anestésicos locais mais frequentemente associados a reações alérgicas são os da classe dos ésteres, em particular a procaína, que não faz parte do arsenal odontolôgico. No entanto, a incidência real de reações alérgicas é baixa e pode variar de acordo com a região do mundo e a população estudada.

Os anestésicos locais da classe dos amidas, como lidocaína, bupivacaína e articaína, têm uma estrutura química diferente dos ésteres e são considerados menos alergênicos. Ainda assim, é importante lembrar que qualquer paciente pode ter uma reação alérgica a qualquer anestésico local.



 

Considerações finais.



Além disso, é importante distinguir as reações alérgicas das reações adversas comuns associadas ao uso de anestésicos locais, como dor no local da injeção, vermelhidão, inchaço e dormência temporária. Essas reações não são causadas por uma resposta imunológica e geralmente não requerem tratamento específico além de observação e cuidados locais.


É importante ressaltar que nem todos os sintomas que ocorrem após a administração de um anestésico local são necessariamente causados por uma reação alérgica. Outras condições, como ansiedade, dor, efeitos colaterais do próprio anestésico ou de outros medicamentos administrados simultaneamente, podem produzir sintomas semelhantes. Portanto, uma avaliação cuidadosa dos sintomas e um diagnóstico preciso são essenciais para o tratamento adequado e a prevenção de futuras reações alérgicas.




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